sábado, 2 de outubro de 2010

Diet Coke + Mentos



Todos devem se lembrar da aula de Teoria da Publicidade e da linha de raciocínio que o professor nos apresentou, a definir a Publicidade como sempre sendo paga.

Mencionei então ao Professor o exemplo da Coca-Cola e das pastilhas Mentos (com vídeos como este acima) como uma espécie de Publicidade incidental, onde nenhuma das marcas teve que gastar um cêntimo sequer, mas ele foi veemente em dizer que de maneira alguma isso pode ter sido bom para quaisquer das marcas. Eu tenho minhas dúvidas... Jamais conheci alguém que deixou de tomar Coca-Cola após o facto...
Aqui está o excerto de um livro a respeito deste caso (em inglês):

"The Advertising Age story featured a short video, created by two "geeks" from Maine, that bested brand managers at their own businesses. The men - one a juggler and the other a lawyer - produced a video of themselves dropping Mentos mints into Diet Coke bottles, setting off foamy geysers of carbonated drink majestically timed to spout like an Italian fountain. The men posted the clip on the Revver social media web site, where viewers downloaded it millions of times. Mentos mint sales spiked 15%. Coca-Cola, though initially frowning on the demonstration as inconsistent with its brand image, eventually posted the video on its website. Coca-Cola and Mentos then both exploited the video by sponsoring contests that solicited yet more explosive videos."

Acredito sim que a Publicidade tenha que ser paga, por via de regra, mas eu diria que temos aqui uma excepção à esta regra.

No texto acima, e para quem não tem tanta facilidade com o inglês, está bastante explícito que as vendas dos productos em questão cresceram significativamente após dois "nerds" terem postado um vídeo sobre a experiência de se misturar Coca-Cola e Mentos e o efeito consequente desta mistura. O vídeo foi um sucesso estrondoso, milhões de usuários em todo o mundo faziam download e comentavam sobre Coca-Cola e Mentos o tempo todo, sem que nenhuma das marcas tivesse gasto um mísero tostão para isso. O pouco do efeito negativo que poderia vir a danificar a imagem das marcas foi suplantado pelo aspecto da novidade e do "cool", principalmente para com os mais jovens. O texto termina referindo que a Coca-Cola, embora a princípio reprovasse o fenômeno por ser inconsistente com a sua imagem, terminou por fim - assim como a Mentos - a explorar essa oportunidade postando o vídeo em seus respectivos sites e até mesmo pedindo aos consumidores que enviassem-lhes novos vídeos a fim de criar uma competição sobre a maior explosão de Coca-Cola e Mentos.

Portanto, não sei se o Professor quis apenas simplificar sua resposta dizendo que isso só poderia ter causado um impacto negativo às marcas, mas eu discordo completamente. Foi o sonho de muito publicitário que busca introduzir sua marca em maneiras ainda inéditas e eficientes, com o mais baixo custo possível, e que neste caso foi zero!


Comentem!!

2 comentários:

  1. A EepyBird é uma empresa que trabalha com a coca cola!! São seus pratrocinadores assim como os próprios mentos!!!

    Isto não foi uma mera experiência que deu num anuncio visto por milhares de pessoas, foi algo pensado, estudado. Foi feito pela EepyBird!
    Vê o site deles! ;)

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  2. Sim, Aninha, eu sei, mas o vídeo original, que deu origem a este fenómeno todo, partiu da ideia de dois sujeitos aleatórios a fazerem experiências em casa. Este vídeo que coloquei serve apenas para ilustrar a dimensão que isto tudo tomou, e inclusive que a Coca-Cola gostou SIM da publicidade que foi gerada e até mesmo criou vídeos como este acima!!

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